Máquina abre o diálogo de seus clientes com a blogosfera

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Na foto, Pedro Doria (Blog Pedro Doria e jornal O Estado de S. Paulo), Lúcia Freitas (LadyBug Brazil), Manoel Fernandes (revista Bites) e Caíque Ferreira (iG), convidados da Máquina Web para o debate que marcou o lançamento do serviço Máquina RP 2.0, hoje pela manhã, em São Paulo, reunindo blogueiros, jornalistas e clientes da Máquina.

Em sua apresentação, Lúcia Freitas ressaltou o grande quebra-cabeças que é a blogosfera e a importância de as empresas monitorarem o que está sendo falado na blogosfera e de entrarem nessa grande conversação. “Os blogueiros querem dialogar com as empresas, querem falar de suas experiências diretamente com elas”, disse Lúcia.

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Maristela Mafei, sócia-fundadora do Grupo Máquina, falou sobre o projeto consistente que a Máquina vem desenvolvendo em web nos últimos dois anos, citou experiências bem-sucedidas e destacou o papel de vanguarda da agência com o Máquina RP 2.0, que se coloca entre as pioneiras no relacionamento das organizações com a web 2.0.

 

Máquina Web lança serviço de relacionamento das empresas com a web 2.0, o Máquina RP 2.0

O Grupo Máquina lançou hoje pela manhã, no auditório da agência, em São Paulo, o Máquina RP 2.0, novo serviço do Grupo Máquina para o relacionamento das organizações com a web 2.0. Cerca de 40 clientes e convidados participaram do evento, entre eles representantes da AmBev, Embratur, C&A, Roche, Endeavor, Sadia, B2W, iG, Ibope, Aliança do Brasil, Redecard, Senac-SP, Canal Rural, Yuny e Fit.

O objetivo do Máquina RP 2.0 é ajudar as empresas a estabelecerem uma relação direta, aberta e transparente com seus diversos públicos presentes na web 2.0. O foco é criar, alimentar e gerenciar essa imensa teia de relacionamento, que vem causando uma verdadeira revolução na forma como se estabelecem as relações sociais.

O Máquina RP 2.0 traz a expertise do Grupo Máquina em comunicação integrada – trata-se de uma das maiores agências do país – para a gestão estratégica da imagem e da reputação de seus clientes na web 2.0. Para enriquecer o debate em relação a esse novo e complexo universo – composto por blogs, redes sociais e espaços colaborativos e de compartilhamento de informação –, tivemos o prazer de contar com a participação do diretor de conteúdo do iG, Caíque Severo; dos blogueiros e jornalistas Lúcia Freitas (LadyBug Brazil) e Pedro Dória (Blog Pedro Dória e jornal O Estado de S. Paulo); e do editora da revista Bites, Manoel Fernandes. A equipe Máquina e os debatedores mostraram como a força da web 2.0 vem influenciando opiniões e decisões de consumo, e como as empresas hoje precisam se colocar, frente a frente com seus clientes, em uma relação horizontal, aberta e franca.

Ao longo dia traremos highlights do evento e dos temas discutidos, não deixem de conferir! E se quiserem mais detalhes, falem com a gente: maquinaweb@maquina.inf.br.

Em dia com as tendências do mercado

Para quem ainda não leu, vou reproduzir a nota publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na edição da última sexta-feira, pág. B9, com o título´´New York Times” fará cem cortes na Redação.

Lá vai:
O “New York Times” eliminará cem postos da Redação nesse ano. Os cortes serão feitos “não preenchendo vagas que ficarem disponíveis, por meio de um plano de demissões voluntárias e, se necessário, com dispensas”, disse Bill Keller, diretor-executivo.
O jornal diz que tem 1.332 jornalistas – recorde em sua Redação. Diz ainda que teriam ocorrido cortes nas Redações nos últimos anos, mas que houve expansão devido ao avanço do setor de internet”.A nota é assim, curta e grossa; trata-se de mais um indício da reorganização dos grandes grupos de comunicação frente a mudanças trazidas pelas chamadas Novas Mídias.Essa reorganização chega igualmente às grandes agências de comunicação corporativa, como o Grupo Máquina – com a diferença de que, no nosso caso, já nos antecipamos às mudanças exigidas por esse novo tempo com o planejamento da integração das redações prestes a ser realizado. Isso será possível a partir da introdução de um novo sistema de busca de informações capaz de possibilitar aos profissionais do Grupo a utilização de todos os canais no planejamento, execução e na consolidação das ações de PR de seus clientes.2008 promete e estamos, como sempre, movidos por um baita senso de urgência, tentando nos antecipar às tendências do mercado!

Répteis nem tão banguelas assim

Já me arrenpendi por não ter vindo ao Campus Party ontem à noite, pois perdi um momentos mais divertidos do encontro: a invasão do aquário dos coleguinhas jornalistas, que estão aqui cobrindo o evento, por um dinossauro. Foi uma tirada pra lá de espirituosa do blogueiro Rodrigo Fernandes, do Jacaré Banguela, em alusão ao debate entre o papel de jornalistas e blogueiros como produtores de informação que esquentou o clima do Campus – comentado aqui pelo Vitor em post anterior. Vale ver o vídeo do Jacaré Banguela (que acaba com nossa Bruninha levando o maior susto!). E também refletir sobre a questão.

Afinal, quem são os profetas e os sacerdotes nesse “embate”, se é que existe algum? A meu ver, expressão e liberdade de exercê-la são direitos de todos – a questão que se impõe é saber quem tem o compromisso com a verdade, com a credibilidade, com a neutralidade (leia-se aqui o compromisso com a infomação, sem conflito de interesses). Vamos encontrar essa resposta nos dois “lados” – na mídia tradicional e nas novas mídias , mas o importante é saber separar o joio do trigo, saber o que cada um defende, que conhecimento de causa tem, a quem presta conta ou para quem pede a bênção. Enfim, quem confia em tudo o que lê ou vê, venha de onde vier a informação? E, afinal (parafraseando Lincoln), quem consegue enganar todo mundo o tempo todo?

O que mais me apaixona nessa avalanche da web 2.0 não é só a facilidade de acesso à informação, mas a possibilidade que todos têm de questioná-la e colocá-la em xeque o tempo todo. Ou aprendemos com isso ou estamos a caminho da burrice coletiva – e, neste caso, que os dinossauros devorem mesmo as nossas cabeças.

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Jornalistas x blogueiros

No quarto dia de evento, o tema “Jornalismo e a nova economia” conseguiu reunir nomes consagrados do jornalismo brasileiro, como Heródoto Barbeiro e Edevaldo Siqueira, ambos da rádio CBN, Pedro Dória, do Estadão, e famosos da blogosfera. Os campuseiros se reuniram ao redor do palco principal do espaço, formando, sem dúvida, uma das maiores audiências observadas até o momento. 

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O que era para ser uma discussão aparentemente sobre as mudanças no jornalismo tradicional com o aparecimento dos blogs e o seu impacto na nova economia, tornou-se uma guerra de opiniões, onde blogueiros e jornalistas defendiam com unhas e dentes a sua importância e contribuição para a sociedade. O debate acabou sem que os dois lados chegassem a uma conclusão.

Entre vaias e aplausos, a posição do jornalista e também blogueiro Pedro Dória se sobressaiu. “A missão da imprensa é informar, independentemente do veículo”. Dória, um dos participantes mais centrados da mesa, atestou e exemplificou que a prática do jornalismo, mesmo com o aparecimento dos blogs, continua a mesma. Afinal, esses canais devem ser complementares, e não concorrentes.

Já para os blogueiros, os jornalistas que trabalham em mídias tradicionais ainda são considerados detentores da informação. O que essa nova classe deseja, na verdade, é quebrar esse monopólio. Para Dória, os blogs ainda precisam descobrir como interferir no discurso da humanindade para conseguir tal objetivo.  

Pelo que pudemos sentir, essa é uma discussão que ainda está longe de terminar.

Não é coisa de nerd

Tenho que confessar que quando comecei ver a cobertura da grande imprensa sobre o evento Campus Party me desanimei. Imaginei que nada ali teria de diferente além de computadores com caveiras e pessoas vestidas como os desenhos animados japoneses – os famosos mangás.

Pois é, me surpreendi. Nesses dois dias como participante vi e ouvi coisas interessantes como audiência e empreendedorismo na web e acreditem, as pessoas não são tão esquisitas como parecem.

Como desenvolvedora web, sempre me preocupei com o usuário e a necessidade de propor coisas intuitivas. Agora vejo que isso mudou, pois o amadurecimento dos internautas, portanto nosso, é latente. As pessoas aprenderam – cada uma de sua forma e da maneira mais democrática, como a própria net propõe – a não apenas operar e se relacionar, mas o conceito do que é virtual x real. Edney, já comentado por Cely neste blog, define:  não é o que está escrito no computador que é virtual, pois as pessoas são reais. Mas a comunicação, seja ela digital ou presencial, essa sim é virtual. 

Texto escrito por Ligia Morresi, designer do Grupo Máquina e participante da área Criatividade do Campus Party Brasil.

Customização e interatividade no Orkut

Thiago esteve na palestra Open Social Application para Orkut, que aconteceu quarta-feira na área CampusBlog. Veja suas impressões:


“Conferi a palestra de Zachary John, que falou sobre o aprimoramento de recursos e customização das páginas pessoais no Orkut. Serão lançadas diversas ferramentas de código aberto que podem ser editadas pelo usuário. Poderão ser adicionadas às páginas ferramentas como mini-aplicativos de playlists com músicas mp3 ou álbuns de fotos que atualizam o conteúdo a cada vez que a página é acessada. Esse pode ser um terreno fértil para ações de marketing e criação de páginas coorporativas. Empresas poderão fazer uma página altamente customizada e criar um ambiente de integração, usando o webdesign e a programação para fortalecer a marca e atrair usuários da web. Empresas internacionais já vêm usufruindo desses recursos já presentes no MySpace, comunidade que reúne boa parte dos internautas americanos”.

Uma grande mistura?

“Os blogs são apenas novas ferramentas para os nossos dramas humanos”, afirmou o jornalista e blogueiro Marcelo Tas num bate-papo que marcou o começo da noite de ontem, no Campus Party Brasil. Junto a ele, faziam parte da bancada Luisa Micheletti, VJ da MTV, e o produtor musical Carlos Eduardo Miranda. O debate foi acompanhado em peso pelos participantes do evento, que se aglomeravam em pé, sentados ou até mesmo deitados nos puffs espalhados em frente ao palco principal.

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Tas foi enfático ao falar sobre a utilidade dos blogs e das ferramentas da web 2.0 como nova forma de comunicação. Para ele, ainda existe um forte preconceito contra elas. “As pessoas caem na cilada de dividir as mídias tradicionais da nova era digital. Isso não existe, tudo é uma coisa só”.

Será?

Formem seus pares e comecem a dançar

Uma das coisas mais fantásticas do Campus Party é a facilidade de chegar e conversar com as pessoas – a grande conversação é o espírito da blogosfera, é o espírito desse encontro. Conheci agora o Edney Souza, que já vai sendo chamado aqui de “Barão da Blogosfera”, e não é por pouco: seu blog, Interney.net, é o número 1 em boa parte dos vários rankings de blogs brasileiros e agora se transformou em um portal de blogs, que já conta com uma rede de outros 40 blogueiros.
A conversa foi uma continuação de uma bola levantada ontem à noite, numa rodinha aqui no CampusBlog, com vários blogueiros – Edney, Rosana Hermann, Rodrigo Fernandes e muitos outros – , em torno do relacionamento das empresas com a web 2.0. Peguei uma parte do bate-papo espremido entre as bancadas de computadores, e pude formar uma imagem interessante (meio caipira, como as lembranças de minha infância mineira, meio futurista, como cabe a este acampamento hi-tech): um prelúdio de uma dança de salão, onde, de um lado, estão as empresas, ávidas por compreender e conquistar a blogosfera e, de outro, uma força de mídia saindo da puberdade, ainda buscando criar sua personalidade, também sem saber muito bem como tirar as empresas pra dançar. A música toca, a dança ainda se insinuando.
Os blogueiros querem, sim, estabelecer uma boa relação com as empresas, o problema ainda é o “como”, “de que forma”. E aí ainda rola uma divisão: os blogueiros que já encontraram ou estão a caminho de encontrar seu papel como formadores de opinião, e de outro, os que querem mais é tirar vantagem disso tudo mesmo. “O blogueiro é meio jornalista, meio profissional de marketing, meio consumidor, e daí que vem sua força”, define Edney.
Para o “barão”, é preciso criar esse canal de relacionamento, estabelecer as regras de jogo, sentar e conversar. “O blogueiro profissional vive de sua credibilidade, não pode abrir mão dela, e a blogosfera não é uma serra pelada, onde quem cria um blog vai ficar rico”. Por outro lado, são as “Empresas 2.0”, como define Edney, que estão abertas a estabelecer esse diálogo – e, para isso, elas precisam saber com quem estão falando, quem são os blogueiros importantes para seu negócio. Para ele, é válido as empresas venderem sua idéia, seu produto, em troca da opinião de um blogueiro – “que, afinal, não é um só, mas reflete a opinião de todos os que lêem e acompanham seu blog, que pensam de forma semelhante ao blogueiro”, que tem relevância e seriedade para se estabelecer como um hub importante para as empresas.
Só não vale embuste. Não vale criar perfis falsos no Orkut, não vale ludibriar nem enganar. Nesse ponto, creio que o marketing invisível deixa de ter força como canal de relacionamento, ou não?

Bom para os dois lados

Após a palestra da Heather Champ, moderadora da comunidade internacional do Flickr, o estande da empresa começou a tatuar os usuários cadastrados no site como forma de promover a sua marca durante o evento. Aproveitando o embalo da iniciativa, alguns internautas usaram a “mídia alternativa” para também divulgar o seu espaço.

Para quem não conhece, o Flickr é uma ferramenta que permite a criação e compartilhamento de álbuns de fotos. Hoje são mais de 2,3 bilhões de fotos (com uma média de 4 mil imagens postadas por segundo) e 24 milhões de usuários no mundo inteiro.

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Na foto, Horácio Soares, do Acesso Digital, mostra que o Flickr está na sua cabeça e Rafael Alves, do Idéia Digital divulga o endereço para um álbum de fotos que reúne as tatuagens dos participantes do evento.

É sempre um bom negócio quando a iniciativa beneficia os dois lados da moeda.

Já imaginaram se a moda pega? : )